Então, quem me conhece sabe que eu falo muita gíria e foi bastante interessante viajar entre São Paulo e as gírias paulistas. Aliás, se você quiser trocar uma ideia ou acompanhar alguma peripécia, chega mais lá no Instagram @renan_merces.
Logo, quando eu viajo para alguma outra cidade, algumas conversas ficam meio confusas. Mas antes de falar sobre essa confusão toda, é interessante falar sobre a saga de andar na maior cidade do país.
Um baiano pela cidade
Pra começar, pegar o metrô no horário de pico de São Paulo e um verdadeiro desafio, parece que nunca dá pra entrar. Imagina quando você está chegando de viagem e com malas grandes na mão?
Depois de conseguir vencer o desafio de entrar num vagão do metrô, foi importante aprender uma lição: não associe o bairro que você vai à estação do metrô que você tem que descer. Isso porque isso pode te levar ao erro e te fazer andar por mais de meia hora para chegar ao destino.
E não se iludam achando que em São Paulo o tempo é sempre mais friozinho. Eu, um nordestino acostumado com temperaturas acima dos 30°, sai de Salvador com alguns casacos na mala que eu nunca uso na minha cidade. E chegando lá, recebido com um calor de 39°C. Talvez a cidade queria me fazer se sentir em casa, não é mesmo?
As marcas registradas no dialeto paulista
Chegando em São Paulo, é inevitável perceber uma coisa: todo mundo é mano. Independente de ser seu irmão, ser conhecido, ser homem ou mulher, essa é uma gíria muito utilizada.
E o “meu“? Para alguns pode ser um pronome possessivo mas para se tratando de São Paulo e as gírias paulistas é uma interjeição particular. A maioria das frases do paulista termina com essa palavrinha.
Em São Paulo, porta vira “porrrta”, porque vira “porrrque” e todas as palavras que tem a letra R ganham aquela “gringanizada” (acho que inventei essa palavra agora) na fala. E um fato interessante é que chegaram a comparar meu sotaque baiano com o de cariocas. Será que parece?
Intercâmbio de sotaque baiano com sotaque paulista
É engraçado quando a gente está acostumado a falar algumas gírias só que pessoas de outras cidades não entendem. Parece que estamos até em outro país. Você já passou por isso?
Uma das gírias baianas que eu mais falo é “barril” e para um paulista (aliás, para qualquer outro brasileiro que não seja baiano) barril é onde se armazenam vinhos ou petróleo. Então quando eu esquecia que eu não estava em Salvador, sempre precisava explicar rs.
E o que é migué pro paulista aqui em Salvador a gente chama de baratino. A gente até fala o migué também mas o baratino é mais característico, logo é mais utilizado.
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