As gírias baianas e a cidade de Salvador: barril dobrado

Se alguém te perguntar “Qual foi a primeira capital do Brasil?” e você disser que não sabe, véi (porque em Salvador, todo mundo é “véi” independente de idade ou gênero), você merece uma surra de gato morto até o gato miar. E assim a gente já começa a viajar pela cidade de Salvador e as gírias baianas.

Com quase 700 mil m², Salvador, a capital da Bahia, possui quase 3 milhões de habitantes distribuídos por 163 bairros (talvez tenham alguns não registrados). Mas se chamarem pra ir a Cajazeiras, cuidado, Cajazeiras é longe “paporra” (esse o advérbio de intensidade mais usado pelos baianos, juntamente com “padesgraça”).

Uma pontinha da história de Salvador

Em 29 de março de 1549, os portugueses comandados por Tomé de Sousa chegaram pela Barra. A cidade foi batizada como São Salvador da Bahia de Todos os Santos (nome grande padesgraça hein), portanto, pela questão da crença religiosa dos portugueses.

Entre 1549 até 1763, Salvador permaneceu como capital do país porque quando os portugueses viram a posição da Baia de Todos os Santos chegaram à conclusão que era tinha uma vista bastante estratégica e que beneficiava a navegação. Devem ter pensado: “aqui é sem laranjada”.

Laranjada pro baiano é mais que um suco da fruta. Laranjada é aquela situação que não sai como esperado ou até quando você se dá muito mal. Portanto, se vierem a Salvador, evitem laranjadas e a gente pode dar algumas dicas para isso.

Os pontos turísticos de Salvador

Existem pontos turísticos de Salvador que são clássicos, todo mundo que vem visita. Pra gente esses lugares clássicos são “manjados”, todo mundo conhece, todo mundo “manja”. O soteropolitano se refere a tudo que é muito popular assim.

Por exemplo, como pontos turísticos manjados temos Barra com o farol e o porto, Pelourinho e os agregados como o Elevador Lacerda, a igreja do Bonfim e Itapuã com sua praia belíssima e o seu farol também.

Mas existem lugares como o MAM e o Humaitá que não são tão manjados mas são muito lindos também e possuem vistas para pôr-do-sol que são incríveis (você não vai gastar nada para admirar). Se você ainda não conhece, precisa conhecer.

Além disso, os parques de Pituaçu ou da Cidade (que foi reformado a pouco tempo pela prefeitura de Salvador) é uma boa dica para quem quer curtir um ambiente familiar cercado por belezas naturais.

E já que estamos falando da Bahia, o que você acha de aprender a fazer o acarajé e o abará que são patrimônios culturais do estado? E quem sabe até ganhar uma renda exra com isso? Ou você pode indicar pra aquela tia que sempre faz as comidas gostosas nas festas de família. Se você quiser saber mais, clique aqui.

As gírias baianas: baiano é barril

Primeiramente, o que é “barril” em Salvador? “Barril” pode ter vários sentidos. Quando a gente se refere a uma pessoa como “barril”, significa que ela é muita boa em alguma coisa.  Por exemplo: “o filho de João é barril em matemática”. Além disso, pode significar também uma coisa que está complicada para gente fazer, como “pô, tá barril pra eu ir em Cajazeiras” (sempre é barril ir pra lá). Ou ainda pode significar uma coisa que a gente acha muito boa, que é o sentido que vamos utilizar agora.

Barril dobrado é autoexplicativo: é uma coisa que é barril duas vezes, ou seja, muito mais intenso. Imagina um baiano que se energiza através de muito dendê e pimenta? Aliás, se você não curte a comida baiana, você vai ser julgado (zoeira rs).

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Baiano é barril pra perceber quando alguém está mentindo. Aliás, baiano não mente, baiano “larga baratino”. Aquele amigo casado (ou encoleirado) que não pode sair nem pra jogar bola larga vários baratinos. A propósito, baiano não joga bola, baiano “bate um baba”. E quando o baiano não quer que uma situação aconteça com ele, a gente ouve logo um “lá ele”.

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E aí, você conhece a cidade de Salvador? Sentiu falta de algumas gírias baianas? Tem dicas sobre os pontos turísticos? Compartilha com a gente nos comentários!

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Significado e origem da gíria Lá ele

Significado e origem da gíria Ó paí

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